A Justiça restabeleceu, nesta sexta-feira (5), a prisão preventiva de Railson Ferreira da Silva, acusado de auxiliar o amigo Vinícius Wallace na fuga após o assassinato de Jaiane Lemos e Everaldo Oliveira, ocorrido em maio de 2024. Railson havia sido libertado em agosto, mas voltou a ser preso após recurso apresentado pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO).
Segundo as investigações, câmeras de segurança registraram o momento em que Vinícius Wallace pulou o muro da residência de Jaiane, na zona Sul de Porto Velho. Dentro da casa, ele efetuou disparos contra a ex-namorada e contra um amigo dela, Everaldo. Depois do crime, Vinícius deixou o imóvel pelo mesmo muro, entrou no veículo conduzido por Railson e fugiu. O autor dos disparos se apresentou à polícia quatro dias depois.
Railson foi liberado em 6 de agosto, após decisão judicial que considerou fatores como primariedade, residência fixa, emprego formal, família constituída e bom comportamento durante os 15 meses em que permaneceu preso. Ele é apontado como responsável por dirigir o carro usado na fuga logo após o duplo homicídio.
No recurso, o MP-RO argumentou que o apoio de Railson foi essencial para garantir a fuga do atirador e que medidas alternativas, como tornozeleira eletrônica, seriam insuficientes diante da gravidade do caso.
A defesa de Railson foi procurada pelo g1, mas não respondeu até a última atualização desta reportagem.
Relembre o caso
O crime ocorreu em maio de 2024, quando Vinícius Wallace, de 29 anos, invadiu a casa da ex-companheira Jaiane Lemos de Souza, de 27 anos, e a matou com ao menos dois tiros. Everaldo Oliveira, de 34 anos, amigo do casal, também foi assassinado — ele foi encontrado morto em um dos quartos, com quatro disparos e sinais de arrombamento na porta.
A ação aconteceu na frente da filha do casal, de 1 ano e 8 meses, que estava ao lado do corpo da mãe quando a polícia chegou. Uma adolescente que também estava na residência presenciou os assassinatos.
Imagens de segurança mostram Vinícius tentando diversas formas de entrar na casa, inclusive danificando proteções e destruindo uma porta de vidro. Depois dos disparos, ele pulou novamente o muro e fugiu no mesmo carro em que havia chegado.
A perícia apreendeu dois celulares e dez estojos de munição deflagrada. O caso é investigado como feminicídio e homicídio doloso.
*Com informações do G1


