Código penal promete castigo a quem tenta abolir Estado de direito e golpe de Estado, argumenta Gonet

Durante primeira sessão do julgamento, procurador-geral da República destacou que democracia não se sustenta ‘se não contar com meios para se contrapor a atos orientados a sua decomposição perigosa’

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou nesta terça-feira (2) que, com o julgamento sobre a trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), a democracia “assume a defesa ativa contra uma tentativa de golpe apoiada violência ameaçada e praticada”. Na primeira sessão do julgamento, Gonet destacou que democracia não se sustenta “se não contar com meios para se contrapor a atos orientados a sua decomposição perigosa”. “A ordem disposta na constituição dispõe de meios institucionais para talhar investidas contra ela própria e o seu espírito. (…) Nenhuma providência judicial, contudo, é de valia contra a usurpação do poder pela força bruta que aniquila a organização regular desejada e arquitetada pela cidadania expressa pelo seu poder constituinte. Em casos assim, se a intentona vence pela ameaça do poderio armado ou pela sua efetiva utilização, efetivamente não há o que a ordem incluída possa juridicamente contrapor”, pontuou.

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