O empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, afirmou durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS nesta quinta-feira (25) que entregará à Polícia Federal um volume de aproximadamente 18 milhões de documentos para comprovar sua inocência no esquema de descontos ilegais em benefícios previdenciários.
Preso preventivamente desde 12 de setembro, Antunes declarou aos parlamentares que sua empresa, a Prospect, limitou-se a prestar serviços legais de assessoria às associações, sem qualquer ingerência nos sistemas do INSS ou no recrutamento de aposentados. “Todos os serviços contratados tinham como destinatário final o próprio associado”, afirmou.
Documentação e Defesa
O empresário prometeu disponibilizar 180 gigabytes de arquivos – equivalentes a mais de 18 milhões de documentos – que comprovariam a legalidade dos serviços prestados, incluindo emissão de apólices de seguro funeral, clube de benefícios e descontos em farmácias.
Antunes atribuiu eventual responsabilidade por irregularidades diretamente às associações: “Caso algum aposentado tenha sofrido descontos indevidos, a responsabilidade recai sobre as associações que promoveram a inclusão sem anuência”.
Confronto com o Relator
Em momento de tensão, o empresário anunciou que não responderá a questionamentos do relator Alfredo Gaspar (União-AL), alegando que o parlamentar já o teria “julgado e condenado” previamente ao se referir a ele como “ladrão de dinheiro dos aposentados” durante depoimento de seu sócio, Rubens Oliveira Costa.
O depoimento continua em andamento no Congresso Nacional sem previsão de conclusão.
*Com informações da Agência Brasil