O prefeito de Porto Velho, Léo Moraes, anunciou um marco importante em seu primeiro ano de gestão: a pavimentação integral dos 35 quilômetros da rodovia Expresso Porto, que liga a BR-364 às localidades de Cujubim e Porto Chuelo, na região do médio Madeira. A via é estratégica para o escoamento de grãos e outros produtos agrícolas transportados por via fluvial para diversos países.
O anúncio foi feito na tarde de terça-feira (21), durante coletiva de imprensa realizada no prédio do Relógio, sede da prefeitura, com a presença do presidente da Concessionária Nova 364, Wagner Martins.
“Há algum tempo estamos trabalhando para viabilizar, politicamente, e antecipar a pavimentação da Expresso Porto, um problema crônico de Porto Velho. A falta de asfalto causa prejuízos ao agronegócio e aos transportadores, além de gerar estresse, desconforto e acidentes na área urbana”, destacou o prefeito.
Léo Moraes afirmou que a Expresso Porto é prioridade na atual gestão, por seu impacto direto na logística da capital e no fortalecimento do agronegócio. Segundo ele, a prefeitura tem mantido diálogo com o governo federal, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o governo de Rondônia e a própria concessionária, para antecipar o cronograma de execução das obras.
“O progresso tem sido notável. Esperamos iniciar o asfaltamento já no próximo ano, em vez de esperar seis anos, como estava previsto inicialmente. A empresa conseguiu antecipar o cronograma”, explicou.
Cronograma antecipado em quatro anos
De acordo com o presidente da Nova 364, Wagner Martins, as obras devem começar em abril de 2026 e ser concluídas até novembro de 2027, quatro anos antes do prazo original — que previa a entrega apenas em 2031.
“Já temos a licença prévia e caminhamos para obter a licença de instalação. O prefeito assumiu a responsabilidade da licença ambiental, e acreditamos que tudo ocorrerá conforme o planejado”, afirmou Martins, elogiando o empenho de Léo Moraes desde o início das tratativas, em maio deste ano.
O projeto prevê, além da pavimentação, a construção de seis rotatórias ao longo da via e a implantação de um ponto de parada e descanso para caminhoneiros na entrada da Expresso Porto.
Impactos esperados
A obra deverá reduzir o tráfego pesado na Avenida Jorge Teixeira, melhorar a mobilidade urbana de Porto Velho e aumentar a eficiência do transporte de cargas, com reflexos positivos na economia regional e nacional.
A pavimentação também trará benefícios ambientais e logísticos, facilitando o escoamento de produtos agrícolas exportados pela rota hidroviária do Arco Norte.
“Essa pavimentação vai melhorar significativamente a logística do agronegócio, que utiliza esses portos para exportar produtos para a Ásia e outros países. Precisamos de uma infraestrutura eficiente para apoiar quem investe e vive em Porto Velho”, completou o prefeito.
Repercussão
O empresário Adélio Barofaldi, presidente da Associação dos Pecuaristas de Rondônia, elogiou a iniciativa e destacou os ganhos para o setor produtivo.
“O porto vai canalizar o escoamento de soja, milho, carne, café e outros grãos. É essencial resolver a questão da BR-364 e criar uma alternativa que desvie o tráfego de caminhões da Jorge Teixeira”, afirmou.
O presidente da OCB/RO, Salatiel Rodrigues, também ressaltou a importância da união de esforços.
“Essa obra é uma reivindicação antiga do setor produtivo. A parceria entre a prefeitura, as entidades e a empresa responsável pela duplicação da BR-364 será crucial para reduzir acidentes e melhorar a logística”, disse.
Situação atual — antes da pavimentação
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Trecho sem asfalto;
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70% do tráfego da cidade concentrado no acesso ao porto;
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Lentidão no transporte de cargas;
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Prejuízos à infraestrutura urbana e ao funcionamento do Hospital do Amor.
Soluções com a pavimentação
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Redirecionamento de carretas da Avenida Jorge Teixeira para a rodovia;
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Melhoria da mobilidade urbana e da segurança viária;
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Maior eficiência logística e redução de custos operacionais;
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Conforto e estrutura para caminhoneiros;
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Impactos positivos na economia e no transporte hidroviário nacional.
O início das obras depende da conclusão das etapas de licenciamento ambiental, regularização fundiária e aprovação pela ANTT. Com os avanços recentes, a expectativa é de que o novo cronograma seja cumprido dentro do prazo.


