A 79ª Assembleia Geral da ONU registrou um episódio histórico nesta sexta-feira (26), quando delegações de diversos países, incluindo o Brasil, deixaram o plenário no momento em que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, iniciou seu discurso.
O protesto foi previamente articulado como forma de crítica aos ataques israelenses contra a Faixa de Gaza, que já se estendem por quase dois anos e resultaram em mais de 60 mil mortes, segundo estimativas internacionais.
Com a saída coordenada, o salão da ONU ficou quase vazio. O mestre de cerimônias chegou a pedir ordem: “Ordem na sala, por favor!”, enquanto Netanyahu discursava. Em sua fala, o premiê afirmou que “os inimigos de Israel são inimigos do mundo inteiro” e citou inclusive os Estados Unidos como alvo do mesmo ódio que atinge o povo israelense.
O Brasil esteve entre as delegações que aderiram ao protesto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia classificado os ataques em Gaza como genocidas em seu discurso na abertura da Assembleia Geral, na terça-feira (23). Lula destacou que, embora os atentados do Hamas sejam “indefensáveis”, nada justifica “o genocídio em curso”.
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro informou que não fará manifestações adicionais sobre o episódio.
*Com informações da Agência Brasil