MP-RO denuncia 34 suspeitos ligados ao Comando Vermelho após onda de ataques em Rondônia

"MP-RO denuncia 34 suspeitos ligados ao Comando Vermelho por ataques em Rondônia que deixaram mais de 10 mortos em janeiro de 2025."

O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) apresentou denúncia contra 34 suspeitos apontados como integrantes do Comando Vermelho (CV), facção criminosa investigada por uma série de ataques violentos que ocorreram em janeiro de 2025 no estado.

A ação é resultado da Operação Escudo de Rondônia, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em conjunto com o Núcleo de Enfrentamento aos Crimes Cometidos por Facções Criminosas (Nufac).

De acordo com as investigações conduzidas pela Polícia Civil e pela Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado (FTICCO-RO), os ataques foram ordenados como represália à morte de um integrante da facção em confronto com a Polícia Militar e também como tentativa de impedir a ocupação do condomínio Orgulho do Madeira, em Porto Velho.

Entre os crimes atribuídos ao grupo estão:

  • homicídios de agentes públicos,

  • incêndios e explosões contra prédios e veículos,

  • depredações,

  • ameaças à população,

  • imposição de toque de recolher,

  • e interrupção de serviços essenciais, como transporte coletivo e atividades escolares.

As ordens partiram de líderes da facção, incluindo membros que já estavam presos em unidades prisionais. Um dos chefes chegou a ser transferido para o Sistema Penitenciário Federal durante a apuração.

A denúncia do MP-RO tem mais de 170 páginas e descreve em detalhes a estrutura da facção no estado, que atuava com núcleos de comando, planejamento e execução em várias cidades. Os acusados respondem por crimes como organização criminosa armada, uso de adolescentes em atividades ilegais, incêndio, explosão e dano qualificado.

Caso sejam condenados, os líderes da facção podem enfrentar penas que ultrapassam 380 anos de prisão. Parte dos investigados continua presa preventivamente, e o MP-RO solicitou à Justiça a manutenção das custódias para evitar novos ataques.

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